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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Música e Futebol.


Todo mundo sabe que eu sou tricolor. Não há segredos sobre isso. Eu tento ser simpática com os outros times... Até consigo com o Vasco e o Botafogo quando não estão no caminho do Fluminense. Mas com o Flamengo não dá. E aí tudo é motivo para implicar.
Tenho uma amiga, a Ana, que diz que não adianta discutir com flamenguistas, eles são esquizofrênicos e tem visões muito particulares de suas próprias realidades conflitantes. Nem Freud explicaria isso.
Para minha sorte, a final da Taça Guanabara ficou perdida em meio ao Oscar e o pré carnaval. Não teve muito grito, poucos foram os fogos e a paz reinava. Mas o Globo Esporte insiste em retomar esse assunto. Que saco! Ainda mais porque sei que o Escobar é tão tricolor quanto eu e pro cacete com imparcialidade da imprensa. Se eu tivesse que entrevistar o Léo Moura ia começar mandando ele lavar aquele cabelo ensebado e dar um corte de gente respeitável e normal. Não, não sou reacionária. Mas lembra que tudo é motivo para implicar com o Fla?!
Digressiono, digressiono...

O que queria mesmo era comentar a escolha musical para celebrar a conquista da Taça Guanabara de 2011 pelo Flamengo pelos principais telejornais: FUNK.
Por que não estou surpresa? O time mais popular teria o som (me recuso a chamar de música) mais popular? Ou o time mais insuportável teria que ter o ritmo mais detestável? Fica a pergunta.

Se fosse o Botafogo campeão, o título seria comemorado com samba de verdade, Beth Carvalho talvez.
Se fosse o Vasco ouviríamos fado, lembrando as origens lusas do clube.
Se fosse o Flu seria Bossa Nova, afinal temos o Tom Jobim ao nosso lado.
Mas o Flamengo?! Toma o funk aí! É o bonde do mengão! Façam bom proveito...

Eles se dizem o mais amado, mas desconfio seriamente que sejam os mais detestados do Brasil.



quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

No creo, pero...

Recebi essa história como verídica. A verdade é que não tenho como confirmar isso. Contudo, quando o conto é bom, o que menos importa é de onde veio.

Um jornal do Ceará recebeu um anúncio de namoro, mas sendo este um tanto quanto autêntico, ofereceu destaque na sua publicação. Veja o dito cujo:

ANÚNCIO PARA ARRUMAR NAMORADA

Homem descasado procura

Homem de 40 anos, que só gosta de mulher, após casamento de sete anos, mal sucedido afetivamente, vem através deste anúncio, procurar mulher que só goste de homem, para compromisso duradouro, desde que esta preencha certos requisitos:
O PRETENDIDO exige que a PRENTENDENTE tenha idade entre 28 e 40 anos, não descartando, evidentemente, aquelas de idade abaixo do limite inferior, descartando as acima do limite superior.
Devem ter um grau razoável de escolaridade, para que não digam, na frente de estranhos: 'menas vezes', 'quando eu si casar', 'pobrema no úter', 'eu já si operei de apênis', 'é de grátis', 'vamo de a pé', 'adoro tar com você' e outras pérolas gramaticais.
Os olhos podem ter qualquer cor, desde que sejam da mesma e olhem para uma só direção.
Os dentes, além de extremamente brancos, todos os 32, devem permanecer na boca ao deitar e nunca dormirem mergulhados num copo d'água.
Os seios devem ser firmes, do tamanho de um mamão papaia, cujos mamilos olhem sempre para o céu, quando muito para o purgatório, nunca para o inferno. Devem ter consistência tal que não escapem pelos dedos, como massa de pão.
Por motivos óbvios, a boca e os lábios, devem ter consistência macia, não confundir com beiço.
A barriga, se existir, muito pequena e discreta, e não um ponto de referência.
O PRETENDIDO exige que a PRETENDENTE seja sexualmente normal, isto é, tenha orgasmos, se múltiplos melhor, mas mesmo que eventuais, quando acontecerem, que ela gema um pouco ou pisque os olhos, para que ele sinta-se sexualmente interessante. Independentemente da experiência sexual do PRETENDIDO, este exige que durante o ato sexual a PRETENDENTE não boceje, não ria, não fique vendo as horas no rádio relógio, não durma ou cochile.
O PRETENDIDO exige que a PRETENDENTE não tenha feito nenhuma sessão de análie, o que poderia camuflar, por algum tempo, uma eventual esquizofrenia.
A PRETENDENTE deverá ter um carro que ande, nem que seja uma Brasília, ou que tenha dinheiro para o táxi, uma vez que pela própria idade do PRETENDIDO, ele não tem mais paciência para levar namorada de madrugada para casa. Enviar cartas com foto recente, de corpo inteiro, frente e costas, da PRETENDENTE, para a redação deste jornal, para o codinome:

'CACHORRO MORDIDO DE COBRA TEM MEDO ATÉ DE BARBANTE'.

Resposta da "pretendente", publicada dias após, no mesmo periódico Cearense:

Prezado HOMEM DESCASADO... Li seu anúncio no jornal e manifesto meu interesse em manter um compromisso duradouro com o senhor, desde que (é claro) o senhor também preencha outros 'certos' requisitos que considero básicos! Vale lembrar que tais exigências se baseiam em conclusões tiradas acerca do comportamento masculino em diversas relações frustradas, que só não deixaram marcas profundas em minha personalidade, porque 'graças a Deus', fiz anos de terapia, o que infelizmente contraria uma de suas exigências!

Quanto à idade convém ressaltar que espero que o senhor tenha a maturidade dos 40 anos e o vigor dos 28, e que seu grau de escolaridade supere a cultura que porventura tenha adquirido assistindo aos programas do 'Show do Milhão'! Seus olhos podem ser de qualquer cor desde que vejam algo além de jogos de futebol e revistas de mulher pelada. E seus dentes devem sorrir mesmo quando lhe for solicitado que lave a louça ou arrume a cama. Não é necessário que seus músculos tenham sido esculpidos pelo halterofilismo, mas que seus braços sejam fortes o suficiente para carregar as compras. Quanto à boca, por motivos também óbvios, além de cumprir com eficiência as funções a que se destinam, as bocas no relacionamento de um casal, devem servir, inclusive, para pronunciar palavras doces e gentis e não somente: 'PEGA MAIS UMA CERVEJA AÍ, MULHER!'. A barriga, que é quase certo que o senhor a tenha, é tolerável, desde que não atrapalhe para abaixar ao pegar as cuecas e meias que jamais deverão ficar no chão.

Quanto ao desempenho sexual espera-se que corresponda ao menos polidamente à 'performance' daquilo que o senhor 'diz que faz' aos seus amigos! E que durante o ato sexual, não precise levar para a cama livros do tipo: 'Manual do corpo humano' ou 'Mulher, esse ser estranho'!

No que diz respeito ao ítem alimentação, cumpre estar atualizado com a lista dos melhores restaurantes, ser um bom conhecedor de vinhos e toda espécie de iguarias, além de bancar as contas, evidentemente. Em relação ao carro, tornam-se desnecessários os trajetos durante a madrugada, uma vez que, havendo correspondência nas exigências que por ora faço, pretendo mudar-me de mala e cuia para a sua casa... meu amor!!!

Ass.: Cobra


Não sei porquê, mas desconfio que esses dois formarão um ótimo casal...

Os gregos sempre com a razão.

Na Grécia Antiga, a sociedade era dividida entre cidadãos, não cidadãos e escravos. Os não cidadãos e escravos eram considerados inferiores, cabendo-lhes tarefas braçais, tidas como indignas para os cidadãos. Com herança na tradição grega, os romanos denominaram ócio (otium) as ocupações com o trabalho intelectual, em oposição ao negócio (nec-otium, negação do otium), destinado a atender às necessidades de subsistência da sociedade. A dedicação ao ócio era, nessas sociedades, a atividade própria do ser humano, embora poucos tivessem acesso a ela.
A etimologia da palavra ‘’ócio’’ remonta ao grego skole; em latim schola e em castelhano escuela.
Podemos inferir daí que a educação significava ócio, pois do ponto de vista semântico, a raiz skole implicava nos atos de parar ou cessar, indicando idéias de repouso ou paz.
Para Aristóteles, o ócio era uma condição ou estado – o estado de estar livre da necessidade de trabalhar. O filósofo fala também da vida de ócio em contraposição à de ação, entendendo por ações as atividades dirigidas para obtenção de fins. Não considerava a diversão (Paidéia) ou recreio (anapáusis) como ócio, uma vez que são meios necessários para conduzir o ser às atividades laborais.

Dito isto, estou com Aristóteles e não abro!

Acrescento ainda que o trabalho fere totalment
e a minha capacidade criativa. Entro num estado de não questionamento da rotina, entorpecida pelo cansaço e descrente de qualquer possibilidade de solução dos problemas que se apresentam no dia a dia.
Trabalhar faz mal à minha imaginação e limita o meu espírito!
Somente o ócio liberta!
Basta observar as postagens do blog para chegar á essa rápida conclusão. A última se deu no período de férias (a época mais feliz do ano, onde podemos nos entregar ao "exercício" do ócio, a melhor atividade já pensada). A partir daí não tive tempo sequer para pensar, quem dirá escrever alguma coisa. Foi preciso uma perna imobilizada para retomar as minhas prazerosas divagações sobre a vida, o universo e tudo o mais.
Pena que as mentes pequenas não compreendam isso e classifiquem os que descobriram as benesses do ócio como preguiçosos. Não poderiam estar mais erradas...
Aproveitar o ócio e criar exige muito!
Por isso vou ali contemplar um pouco e já volto.