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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Os gregos sempre com a razão.

Na Grécia Antiga, a sociedade era dividida entre cidadãos, não cidadãos e escravos. Os não cidadãos e escravos eram considerados inferiores, cabendo-lhes tarefas braçais, tidas como indignas para os cidadãos. Com herança na tradição grega, os romanos denominaram ócio (otium) as ocupações com o trabalho intelectual, em oposição ao negócio (nec-otium, negação do otium), destinado a atender às necessidades de subsistência da sociedade. A dedicação ao ócio era, nessas sociedades, a atividade própria do ser humano, embora poucos tivessem acesso a ela.
A etimologia da palavra ‘’ócio’’ remonta ao grego skole; em latim schola e em castelhano escuela.
Podemos inferir daí que a educação significava ócio, pois do ponto de vista semântico, a raiz skole implicava nos atos de parar ou cessar, indicando idéias de repouso ou paz.
Para Aristóteles, o ócio era uma condição ou estado – o estado de estar livre da necessidade de trabalhar. O filósofo fala também da vida de ócio em contraposição à de ação, entendendo por ações as atividades dirigidas para obtenção de fins. Não considerava a diversão (Paidéia) ou recreio (anapáusis) como ócio, uma vez que são meios necessários para conduzir o ser às atividades laborais.

Dito isto, estou com Aristóteles e não abro!

Acrescento ainda que o trabalho fere totalment
e a minha capacidade criativa. Entro num estado de não questionamento da rotina, entorpecida pelo cansaço e descrente de qualquer possibilidade de solução dos problemas que se apresentam no dia a dia.
Trabalhar faz mal à minha imaginação e limita o meu espírito!
Somente o ócio liberta!
Basta observar as postagens do blog para chegar á essa rápida conclusão. A última se deu no período de férias (a época mais feliz do ano, onde podemos nos entregar ao "exercício" do ócio, a melhor atividade já pensada). A partir daí não tive tempo sequer para pensar, quem dirá escrever alguma coisa. Foi preciso uma perna imobilizada para retomar as minhas prazerosas divagações sobre a vida, o universo e tudo o mais.
Pena que as mentes pequenas não compreendam isso e classifiquem os que descobriram as benesses do ócio como preguiçosos. Não poderiam estar mais erradas...
Aproveitar o ócio e criar exige muito!
Por isso vou ali contemplar um pouco e já volto.

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