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domingo, 8 de maio de 2011

Não confie em ninguém


Que venha o longo inverno!

Em colaboração com @oyuritwita do blog The Best of Week
 



Estréia hoje, às 21h, na HBO a série Game of Thrones, que se baseia na série de livros do “As crônicas de Gelo e Fogo”, do autor norte americano George R. R. Martin. E, seguindo a tendência da maioria das emissoras, a HBO não perdeu tempo entre o lançamento americano e nos demais países, pois atualmente, no dia seguinte a exibição de um programa, já encontramos na rede várias opções de download grátis dos mesmos. Sendo assim, menos de um mês nos separa do lançamento americano.
Mas, para quem já conhecia os livros nos quais se baseiam a série televisiva ou mesmo para os que andam a procura de novidades, a espera de algumas semanas é muito longa!
Por isso, com os três primeiros espisódios assistidos, já se pode ter uma visão geral do que pode vir a ser essa série, com impressões desses episódios. Para quem não quer ter as surpresas estragadas, volte depois de assisti-los. Quem não se importa com pequenos spoilers, fique a vontade para seguir adiante.

A série vem com o selo de qualidade HBO, que depois de Roma e Boardwalk Empire, parece ter alcançado um alto nível nas suas produções históricas. E, mesmo que Game of Thrones seja ficção, tem um ar medieval que exige bastante esmero de sua produção para dar vida a tantos detalhes e caracterizar os vários clãs presentes na trama. Neste ponto, devemos destacar que não há nada que a HBO deixe devendo às melhores produções hollywoodianas.
A fotografia é cuidadosa e delimita os espaços e famílias com tons bem definidos. O extremo Norte, onde se encontra A Muralha é marcado pelo branco da neve e o preto do interior das construções. As terras da família Stark são mais cinzentas e com tons fechados de vinho, verde e azul. Os Lannisters com sua beleza e exuberância (exceto o Duende) tem uma iluminação meio etérea, que ressalta características de realeza e poder. Os Targaryen que exilados e longe de seu reino e antigo poder, assimilam as características de onde estão. E, por fim, os tons de marrom e palha, que não são monótonos, mas ricos em sutilezas para o grupo de "bárbaros" liderados pelo Khal Drogo.
O elenco é outro ponto forte da série. Bons atores, alguns mais conhecidos, como Sean Bean (sempre destaque nesse tipo de produção), Peter Dinklage e Joseph Mawle; circulam entre jovens atores promissores, especialmente Kit Harington (John Snow), Maisie Williams (Arya Stark) e Harry Loyd (Viserys Targaryen). Até então todos excelentes, despertando ódios e amores em quem acompanha a série.
Como ainda não li os livros, que estão olhando pra mim nesse momento, não posso saber o rumo dos personagens, mas se tem uma coisa que a série está fazendo muito bem é administrar os sentimentos dos espectadores. Já no primeiro episódio, nos são apresentadas as principais famílias dos Sete Reinos de Westeros e a partir daí quem assiste já está criando mentalmente sua lista de quem não confiar, de quem vai trair quem, de quem vai gostar...
E aqui vai um aviso: não se desespere por não conseguir reconhecer todos pelo nome. São muitos personagens e com o tempo você vai conseguir fazer isso. Então relaxe e aproveite.
Felizmente, a trama não é maniqueísta, ao que parece não temos os bons de um lado e vilões de outro. Em Westeros cada um defende seus interesses como consegue. Alguns aparentemente usam meios mais justos e diplomáticos, outros não se incomodam em trair, ameaçar e usar de sua força e influência. Mas até aí, de um capítulo para outro, somos surpreendidos com mudanças de alianças e atitudes. O que não é feito de modo forçado, para criar clima e gerar reviravoltas, mas sim porque a vida é assim mesmo, ainda mais num mundo fictício que enfrenta um momento político de fragilidade e ameaças externas.
Ah... as ameaças externas! Temos um toque fantástico em Game of Thrones, que foi mostrado no primeiro episódio e sugerido nos demais... O Grande Inverno; a Muralha, que não serve para espantar bandoleiros, mas para uma ameaça muito mais terrível. O que é? Ainda não sabemos. Mas as histórias são de dar medo.
Aliás, não há economia de cenas sangrentas e tórridas. Ao que parece direção, produção e emissora resolveram mostrar tudo. E quem ganha somos nós, que somos envoltos nessa trama que, embora fantástica, serve de alegoria para os desejos mais mesquinhos da nossa realidade.
Enfim, Game of Thrones é uma série que merece uma olhada atenta, pelo nível de qualidade técninca e pela trama excepcional. Além disso, indico os livros de origem, que já tem para setembro deste ano a confirmação de lançamento  de seu terceiro volume "A Tormenta de Espadas".

3 comentários:

  1. Isso é uma das coisas mais legais do roteiro, não há lado bom ou mal, há lado de onde você vai ter mais beneficios. Até mesmo a doce Daenerys parece ter seu lado do mal, ela parece querer se livrar do irmão,se bem que todos iam querer isso, mas ela é tão doce, que me surpreendeu...

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  2. Adorei o post! Já comecei a ler e é escrito sempre pelo ponto de vista de um personagem.O filme,com suas devidas modificações esta sendo bem fiel a história :)

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  3. kkkkkk ele que não descobriram os partidos politicos bota o pt lá que voces vão ver o que acontece!
    kkk o bicho da casa do PT de jenuino é uma cabra comendo uma nota de 100 dólares!
    E o lema deles é Brasil que te roubo nas cuecas!

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