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sábado, 26 de março de 2011

The Bright Side of Oz

Como diriam Glinda, a fada boazinha, e Eudes, o antifofo
comece pelos tijolinhos amarelos...

Para mim, é um verdadeiro absurdo uma pessoa que adora cinema, é apaixonada por rock e fã do Pink Floyd, nunca ter assistido The Dark Side of Oz ou The Dark Side of the Rainbow. Mas, para minha surpresa, eu não era a única desavergonhada que ainda não tinha feito isso. Aparentemente as pessoas ouvem falar, acham até interessante, mas não vão conferir.
Eu disse "eu era". Porque isso mudou ontem!
E, por mais que eu tente ser cética, não tem como não perceber vários momentos de sincronicidade entre filme e música. Não estou apta a contradizer os próprios músicos que negaram em diversas oportunidades que houvesse alguma ligação proposital entre disco e filme. Mas também não posso ignorar o que vi e ouvi ontem.
É claro que sob efeitos de delírios etílicos o mundo passa a fazer mais sentido, mas de forma alguma tive minha capacidade sensorial obliterada pela degustação de saborosas cervejas artesanais... Ao contrário, minha atenção e capacidade de observação foram aguçadas.
O que achei de mais interessante nessa experiência etílicoaudiovisual é que assistir ao filme sem as falas, te faz olhar com mais interesse para as interpretações dos atores. E por vários momentos me peguei imersa em Oz. Estupefata com a intensidade de Dorothy, com os trejeitos do Homem de Lata, com um quê de circo no Espantalho, com a infantilidade do Leão e com a odiosa Bruxa Má do Oeste, mas que peste!
Melhor que Atividade Paranormal!
Outra coisa que me deixou encantada foi a qualidade de imagem do filme. Gente, o filme é de 1939!!! E as cores são lindas... E os efeitos são o máximo. E os cenários são grandiosos e repletos de detalhes.
Melhor que Twister!




Oz com neon...

E quanto à trilha sonora, só posso dizer que é perfeita. Já gostava de Pink Floyd e unir essas duas referências me fez redescobrir The Dark Side of the Moon. Você consegue perfeitamente ver o filme, ouvir a música e buscar ligações, sem que uma coisa atrapalhe a outra. Parece doido, mas fez o maior sentido.

Mas eu não vou ficar aqui falando o que encaixa aonde, cada um que faça a sua experiência. Entretanto, mesmo curtindo muito o lance etílicoaudiovisual, o meu lado criticotrash não deixou passar impune determinadas cenas e personagens. E é isso que quero compartilhar aqui.

 Aposto que nem os meus amigos apaixonados por quadrinhos podiam contar com essa! O famoso mágico e vidente "Professor Marvel". ;-)


Eu não faço idéia de que fábricas ou plantações esse tornado destruiu, mas que ele deu uma onda ruim pra caramba, isso ele deu...



 Enquanto isso, em Oz, o barato era tão legal que Glinda, essa fadinha muito espertinha, não conseguia nem abrir os seus olhinhos.

Mas o seu senso estético era mais forte do que o bagulho de Oz e tal qual Joan Rivers, baixou-lhe um espírito Fashion Police que decretou a Dorothy: "Querida, com esses sapatos de caipira do interior do Kansas você não pode passear pelo nosso incrível mundo." 


"Oh, o que farei?!" Pensou a jovem assustada.


"Isso não é problema, já que a sua casa matou a pobre criatura que passeava tranquilamente na hora errada, no lugar errado... Mas que tinha um ótimo gosto para sapatos. Vamos pegar os dela, ela não vai usar mesmo!"


Desde que vi esses sapatos há 20 anos, desejo-os fervorasamente.


Se eu tivesse que andar por Oz em círculos, saltidando, teria vomitado a cidade inteira...




Meudeusdocéu! O que pode ser isso??? Os malditos oompa loompas colonizaram OZ?! Fuja Dorothy! Eles saem por todos os lugares. Até do esgoto!!!



A partir daí tive que vencer o meu medo desse seres mínimos e assustadores para continuar vendo o filme.



 

Até porque eles começaram um concurso interessantíssimo de penteado mais esquisito da cidade. E os concorrentes eram fortíssimos... Realmente foi difícil chegar à um vencedor.


Ah, mas até em Oz, no meio de um concurso sério, tem os perdidos... E não é que me aparece um achando que era ali que ele poderia fazer a sua inscrição para os bigodes e cavanhaques mais inusitados do ano?!




 PARA TUDO! Alguém, por favor, me consiga uma imagem mais perturbadora do que essa, pois não consigo tirar isso da cabeça desde ontem... Por favor...



 
Depois disso eu perdi todo o respeito pelo filme!

Só sei que o Espantalho, o Cartola e o Michael Jackson compartilham o mesmo nariz.







Que o Barbárvore fez ponta em Oz antes de levar hobbits para passear em plena Terra Média.

 
Também compreendi que o Leão, depois do banho e tosa só precisa de coragem se for para assumir o seu lado pantera... Lacinho no cabelo?! Isso ultrapassa os limites da metrossexualidade, amigo Leão.


E o negócio ficava cada vez mais alucinante e alucinógeno (estou falando igual ao Serguei, que medo!) a ponto de me confundir... Ainda não descobri se isso é um macaco ou alguém vestido de macaco junto com a Bruxa odienta (@donnobru, copiei essa expressão de você!). Quem tiver alguma informação, por favor, entre em contato.



E, quando você pensava que já estava tudo dominado, com a bruxa vencida e o Mágico de Oz amiguinho de Dorothy, a tonta resolve que não há lugar como o lar.

Porra, fala sério, Dorothy!!! Você prefere ser rainha de Oz e seus oompa loompas excêntricos, com direito a fadinha doidona ou voltar para o Kansas, com sua tia chata e seu tio banana?

 
Até o Totó teria escolhido melhor!

5 comentários:

  1. Ficou ótemo! Quase me deu vontade de assistir! hauheuaheus... Posts detalhados como sempre. Adoro.

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  2. Na verdade,só vi fragmentos do Mágico de Oz.Nunca vi o filme integralmente,mas sei de antemão que ele é excelente.Judy Garland é a referência maior,pelo desempenho e alegria que transmite.Quanto a trilha sonora original é linda,bem sonora e mostra muita ternura .Só falta agora escutar o Pink Floyd para poder comparar também.
    Está lindo o seu post.Lindo mesmo !Parabéns.

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  3. Adorei o post! já assisti o mágico de Oz e também com as músicas do Pink Floyd. Adoro essa Bruxa! Estou doida para ler Maligna.
    Agora, quanto aos sapatos...amiga os seus tênis brilhantes são mais bonitos!!! :)

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  4. Foi vendo esse filme que descobri coisas muito interessantes como, agora já sei de onde o José Mojica tirou a idéia de fazer o seu "A Meia Noite Encarnarei no Teu Cadaver" em preto e branco, nas cenas, digamos, "normais" e em Technicolor nas de seu inferno. Bacana. Agora esse filme do Mojica virou para mim uma espécie de Mágico de Oz ao inverso.

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  5. Valeu pelos comentários!
    Recomendo que assistam, porque apesar das palhaçadas que escrevi, ou talvez por elas, essa é uma experiência assencial para quem curte cinema.

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